Grandes empresas da Internet como Facebook, Apple, Google, Microsoft e Twitter coletam, processam e usam dados de bilhões de usuários em todo o mundo. Conhecem suas opiniões políticas e a orientação sexual.
“Os serviços delas são gratuitos, são quase como se fossem um pote de mel. Em troca deles, damos dados sobre nós” afirma Danilo Doneda, professor do Instituto de Direito Público (IDP) e especialista em privacidade e proteção de dados.
As empresas têm acesso a onde a pessoa está, usando aplicativos dos aparelhos, como o GPS, por exemplo, o modelo de smartphone, computador ou TV usados, até mesmo a qualidade da rede de internet móvel usada.
“Poderemos utilizar e armazenar informações sobre a sua localização para fornecer funcionalidades dos nossos serviços, tais como permitir a você tuitar com a sua localização”, explica o Twitter.
Ainda é possível estudar esses dados e produzir descobertas.
“A gente usa essas plataformas de forma tão intensa que elas acabam tendo oportunidade de aprender coisas. Alguns estudos mostram que uma análise de ‘curtidas’ é capaz de revelar a orientação política e até preferência sexual” diz Doneda.
Esse estudo é da Universidade de Cambridge que diz ser possível descobrir até se alguém consome álcool ou drogas, só analisando suas curtidas no Facebook. A pesquisa levou em conta a totalidade das curtidas das pessoas antes de tirar conclusões.
Esses dados garantem empresas saber os hábitos de consumo dos usuários, permitindo-as enviar conteúdos específicos. Para especialistas isso pode limitar a liberdade dos indivíduos. “A manipulação dos dados pessoais equivale à manipulação da própria pessoa, porque esses dados não são algo que podem ser separados dela, são uma projeção”, diz Doneda.
As informações são do Portal G1.
