O consumidor amazonense pagará a tarifa de energia elétrica mais cara do País. O alerta foi feito na terça-feira (3) pelo deputado Luiz Castro (Rede), destacando que depois do aumento de setembro, agora vem outro adicional de R$ 3,50 por kilowatt consumido no Amazonas.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, anunciou que as contas de luz terão o segundo patamar da bandeira vermelha em outubro. Com a decisão, o consumidor terá um acréscimo de R$ 3,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos a partir de domingo, 1º de outubro.
O parlamentar classificou de absurdo e de injusto o novo aumento que, segundo ele, pesará no bolso da população amazonense, considerando que o Amazonas é produtor de gás natural e que está integrado ao Sistema Interligado Nacional pelo Linhão de Tucurui.
[media_image image=”{‹²›attachment_id‹²›:‹²›2345‹²›,‹²›url‹²›:‹²›//amazonassemcensura.com.br/wp-content/uploads/2017/10/thumbnail_09_LUIZ-CASTRO-REDE-DM-11.jpg‹²›}” width=”300″ height=”200″ link=”” target=”_self” _array_keys=”{‹²›image‹²›:‹²›image‹²›}” _fw_coder=”aggressive” __fw_editor_shortcodes_id=”342972cdd30651dbd905770e8bdb2215″][/media_image]“Do que adiantou estarmos ligados a Tucuruí e determos uma fonte de gás natural em Urucu, de energia limpa, se não temos nenhum benefício?” questionou Luiz Castro, acrescentando que o Amazonas perdeu ao ajudar o resto do País.
Na avaliação do deputado, a bancada amazonense “cochilou” na defesa dos interesses da população amazonense, ao permitir o novo aumento da energia elétrica no estado, enquanto que as novas regras beneficiam o Sul e o Nordeste.
O diretor-geral da Aneel disse que a quantidade de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas foi a menor para meses de setembro de toda a série histórica, iniciada em 1931. “Com os reservatórios em situação crítica, vamos acionar as térmicas mais caras”, disse Rufino.
A térmica mais cara acionada para fornecer energia no mês de outubro será a de Sepé Tiaraju, no Rio Grande do Sul. A energia da usina tem custo de R$ 698,00 por megawatt-hora (MWh). O segundo patamar da bandeira vermelha é acionado toda vez que o custo de geração da usina mais cara supera o patamar de R$ 610,00 por MWh.
Essa é a primeira vez que o segundo patamar da bandeira vermelha é acionado desde a criação do sistema. A conta de luz, porém, já teve um adicional mais caro. No primeiro ano em que as bandeiras vigoraram, em 2015, só havia um patamar de bandeira vermelha, e a taxa era de R$ 5,50 a cada 100 kWh.
Além do acionamento das termelétricas, o governo autorizou a importação de energia de países vizinhos. O Brasil já está recebendo 400 MW médios do Uruguai e há potencial para receber 1 mil MW médios da Argentina. A operação já foi autorizada. “Todas as alternativas estão sendo buscadas para oferecer energia mais barata”, afirmou.
Com a bandeira vermelha em seu segundo patamar, o consumidor deve ter um acréscimo médio de R$ 5,60 em sua conta. Esse custo considera o consumo médio das famílias brasileiras, que é de 160 kWh por mês. Aqueles que consomem mais energia terão uma cobrança mais alta.
Fonte: Assessoria ALEA, Portalozk.
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