O deputado José Ricardo Wendling (PT) está encaminhando uma solicitação à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) para que faça um diagnóstico da saúde do Estado, apontando os problemas e soluções para melhor atender a população. Ele também cobrou que os parlamentares voltem a apoiar a CPI da Saúde, que tem seis assinaturas, precisando de apenas mais duas adesões para ser instalada na Casa.
“A saúde está um caso de calamidade pública, conforme disse a promotora que está denunciando mais um escândalo na área, mas no âmbito da Prefeitura de Manaus. Empresa de medicamentos não está recebendo os seus repasses e está parando de fornecer às unidades básicas de saúde, penalizando a população mais pobre. E ela ainda completa que a saúde está virando um negócio e eu concordo plenamente. São os interesses empresariais das terceirizadas da saúde que estão sendo priorizados, e não o da sociedade”, declarou o parlamentar, frisando ainda que o ex-secretário de saúde do Estado chegou a dizer, em Audiência na Aleam, que existiam cerca de 600 contratos na área fim da saúde e que todos precisariam de auditoria.
Por isso, ele afirmou que a Assembleia não pode ficar omissa diante dessas graves situações. “Precisamos de informações mais exatas da saúde, que tem orçamento de R$ 1,8 bilhão, para discutir com mais propriedade e apresentar propostas de emendas ao Orçamento de 2018, que em breve estará aqui nesta Casa”, explicou o deputado, lembrando que a Comissão de Saúde deve receber em breve o relatório do quadrimestral do ano, mas do que já foi feito.
O deputado também aproveitou para falar sobre a nomeação do deputado Arthur Bisneto para Casa Civil.
José Ricardo protocolizou nesta quinta-feira (14) representação no Ministério Público do Estado (MPE) e no Tribunal de Contas do Estado (TCE) contra a atitude do prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), por conta do nepotismo instalado nesta gestão municipal. Ele nomeou a ex-esposa como secretária Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos; após a separação, em maio deste ano, nomeou a atual esposa para presidente do Fundo Social de Solidariedade (FSS). E, agora, nomeou o filho, deputado federal Arthur Bisneto (PSDB), como chefe da Casa Civil.
Nos documentos, ele pede a suspensão da nomeação do filho como chefe da Casa Civil, destacando que os gestores públicos são obrigados a praticar os princípios da moralidade e da impessoalidade, além de ter que atuar pelo interesse da administração pública. “Já é prática reiterada do prefeito. Se não é ilegal, é, no mínimo, imoral. Quem mais irá nomear da família? Para mim, isso é nepotismo. Nomeia pessoa sem competência, no caso do Bisneto, campeão de faltas aqui na Assembleia, quando era deputado estadual, e agora um dos campeões de faltas na Câmara dos Deputados”, declarou o parlamentar.
Em fevereiro deste ano, o secretário municipal da Casa Civil do Rio de Janeiro, Marcelo Hodge, filho do prefeito Marcelo Crivela, teve sua nomeação suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Marco Aurélio Mello considerou nepotismo a escolha feita pelo chefe do executivo municipal
Fonte: Asleam.
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